Consultor Teológico e Doutrinário da Convenção Geral da IEAD no Brasil
“Ao refutar as falsas doutrinas da IASD, o autor as contrasta com a sã doutrina cristã e o resultado é brilhante! Estudioso aplicado e com recém formação teológica, o autor, enriquece nossas bibliotecas com uma obra de excelente conhecimento hermenêutico e com uma exegese apurada para nortear a sua refutação total do Adventismo.”
Healing House I KC - MEVAM USA
“É gratificante saber que homens como Gleyson Persio tem se levantado em favor de grandes e pequenos para enfatizar a verdade das Escrituras, bem como expor os ladrões do povo de Deus, que vem para roubar, matar e destruir. Oro para que este livro, abra teus olhos e ouvidos, para enxergar a realidade das Escrituras e discernir a voz do Bom Pastor, e segui-lo, antes e acima de qualquer regra humana imposta.
Healing House I KC - MEVAM - USA
“Acredito que a leitura deste livro lhe trará um profundo esclarecimento sobre o assunto, uma verdadeira libertação e levará ao entendimento do verdadeiro descanso, que não está num dia, mas sim na pessoa do nosso Senhor, Jesus Cristo. Oro para que o Espírito Santo, transborde no seu coração o conhecimento da glória de Deus na face de Cristo.”
O Sábado sempre foi o argumento mais forte usado pela IASD para garantir aos seus fiéis que eles fazem parte da “Igreja Verdadeira” de Deus na Terra. A única igreja que supostamente guarda todos os Dez Mandamentos elencados no decálogo da lei mosaica. Enquanto isso, todo o resto das igrejas que congregam aos Domingos seriam, segundo os adventistas, o “Protestantismo Apostatado” que se uniu a Igreja Católica no fim dos tempos como parte da grande “Babilônia”.
A madrugada mais longa da minha vida havia terminado com um choque. Após um jejum de cinco dias e uma forte revelação do Espírito, eu havia descoberto que praticamente todas as doutrinas distintivas adventistas estavam erradas. Anos de “evangelismo” estavam prestes a ser jogados fora, toda uma visão de mundo, inúmeras literaturas adventistas, ensinamentos “proféticos” para os tempos do fim, além de uma forte e grande base de relacionamento com centenas de pessoas estava por um fio.
No volume 1 desta série, nós pudemos ver em detalhes como se desenrolou todo o Movimento Milerita que apontava para a volta de Cristo em 1843, depois na primavera de 1844, que em seguida culminou com o Grande Desapontamento de 22 de outubro de 1844. Vimos os efeitos devastadores de um falso mestre e de uma falsa profetisa em uma comunidade. Vimos como muitos morreram de fome, outros se suicidaram e uma grande parte literalmente enlouqueceu como consequência da falsa predição sobre a volta de Jesus para aquele fatídico dia.
Um dos grandes argumentos usados pelos guardadores do Sábado é de que ele não somente se encontra entre os Dez Mandamentos, mas também na própria criação. Além disso, o próprio Deus teria nos dado o exemplo da guarda do Sábado, descansando no sétimo dia, o que nos traz ainda mais peso para algo que segundo eles, irá dividir o povo de Deus entre os obedientes e os desobedientes no final dos tempos.
Quando me desliguei da IASD, após descobrir que todas as suas doutrinas distintivas eram falsas, muitas pessoas da igreja passaram a entrar em contato comigo querendo saber os motivos da minha saída. Durante essas conversas uma das maiores dúvidas que essas pessoas tinham era a respeito do Sábado.
Ao analisarmos os aspectos da Velha Aliança, constatamos que os seus três principais aspectos foram:
1 – A libertação do povo de Israel do Egito;
2 – A Lei Mosaica dada no Monte Sinai;
3 – A promessa e o assentamento do povo de Israel na terra de Canaã.
Na ordem antiga, todo o foco do povo de Israel recaía sobre suas leis e finalmente sobre a tenda do tabernáculo que possuía o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo onde se encontrava a Arca da Aliança e a glória de Deus se manifestava (shekhinah). Após a morte de Cristo, contudo, todo o foco mudou. A Aliança mudou, a lei mudou, tudo mudou. Agora o foco é todo em Cristo e no que Ele fez por nós.
Durante os anos em que passei intensamente trabalhando voluntariamente para a IASD, e estudando todo tipo de livro e lições adventistas que eu poderia achar, de fato me deparava muitas vezes com questões dúbias que não se encaixavam pra mim, principalmente nas cartas Paulinas.
Nesta seção analisaremos todos os argumentos que são utilizados pela IASD em favor da guarda do Sábado, e veremos se o que é dito faz sentido biblicamente ou se de fato existem erros de interpretação bíblica nesta linha de raciocínio.
Nas epístolas do Novo Testamento é evidente que as leis da Antiga Aliança não estão de nenhuma forma ligadas ao cristão que está debaixo da Nova Aliança. O Antigo Concerto serviu um propósito por um determinado período de tempo, mas agora já foi suplantado pelos termos e leis de uma muito melhor, a Nova Aliança. Mesmo tendo uma aliança muito superior do que a antiga, agora com a lei do amor de Cristo, as Escrituras nos mostram que os princípios morais da Antiga Aliança permanecem em vigor no Novo Concerto.
Imagine você imerso na seguinte situação. Você foi convidado por um amigo ou parente para assistir a uma palestra que promete desvendar os mistérios do futuro apocalíptico que esse mundo irá enfrentar. Um homem bem vestido, de fala mansa e convincente começa uma minuciosa apresentação com terríveis imagens no grande telão do auditório, apresentando datas, passagens bíblicas e eventos históricos.
No capítulo I da seção anterior, vimos como Joseph Bates foi a pessoa que inseriu a doutrina do Sábado dentro da IASD e como praticamente todas as coisas que ele trouxe além do Sábado foram rapidamente descartadas pela igreja. Vimos como o casal White se distanciou de Bates após sua falsa profecia sobre a volta de Jesus em 1851, e como ele cria que a terceira mensagem angélica teria se cumprido em 1844. Também que Jesus já havia recebido o seu Reino naquele mesmo período do “Grande Desapontamento”, além de várias outras ideias que hoje já foram aos poucos alteradas ou totalmente descartadas pela igreja.
Como vimos no início do capítulo 1, Joseph Bates foi o responsável por introduzir a doutrina do Sábado na IASD. Ele também foi o primeiro a propor que a guarda do Domingo seria a marca da besta relatada no Livro do Apocalipse e que o selo de Deus seria a guarda do Sábado.
Além de não existir qualquer tipo de base teológica para uma afirmação de um futuro Decreto Dominical, os proponentes e defensores desta profecia possuem outro grande adversário: O simples raciocínio lógico. A logística governamental necessária para supervisionar quem trabalha ou deixa de trabalhar aos Sábados ou aos Domingos seria algo tão complexo e trabalhoso que provavelmente levaria o Governo Americano (ou Mundial, no caso de um governo único) à bancarrota.
Ellen White, no livro “Profetas e Reis”, originalmente publicado em 1917, na página 114, diz o seguinte:
“Não está longe o tempo quando virá a prova a cada alma. A observância do falso sábado será imposta sobre todos. A controvérsia será entre os mandamentos de Deus e os mandamentos dos homens.”
Nos últimos três capítulos foi possível constatar que a ideia de um Decreto Dominical futuro não só não faz o menor sentido lógico/racional, como também não possui o mínimo esteio bíblico necessário para com que algum cristão de fato leve essa ideia escatológica a sério.
+1 (407) 575-7332
gleysonrealty@gmail.com
© Copyright 2020 - 2024 Todos os direitos reservados